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Gay e descendente indígena, modelo faz sucesso divulgando o cotidiano em reserva onde mora

descendente indígena
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Gay e descendente indígena, ele já foi capa da ViaG e encantou a equipe com tamanho profissionalismo e simpatia. Brenno Xavier é pernambucano e desde 2016 está morando em um município indígena na Paraíba. Filho de pai indígena e mãe judia, após uma forte crise existencial, onde ficou difícil se encontrar dentro da cidade grande e do sistema que a forma, Brenno abandonou tudo para poder viver uma experiência mais plena de espiritualidade e contato com a natureza.

 

Antes de assumir o novo estilo de vida menos acelerado na reserva onde mora , Brenno era modelo em Recife e trabalhava como educador ambiental, patrimonial e de resgate arqueológico  no sertão dos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. Além disso, ele ainda cursava outra faculdade ao mesmo tempo em que cuidava de sua família composta por marido, filha e filhotes de 4 patas.

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Segundo Brenno, mesmo estando envolvido por todas essas demandas da vida urbana e alcançando a ascensão social tão buscada por todos, talvez, por ser descendente indígena, sua ancestralidade ainda era muito marcante. “Mesmo inserido na comunidade eu não conseguia me adaptar. Sentia falta de algo, sentia aquele vazio, aquela sensação de superficialidade, naquele mundo fútil. E quanto mais o tempo passava, mais inconformado eu estava com aquilo tudo.”

 

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Outro fator determinante para a decisão foi à falta do contato com a natureza. Morando em uma das maiores capitais do País, Brenno diz que o trânsito, o acordar entre paredes de concreto, a vida vista por uma janela quadrada, o concreto em pé e a escassez de árvores e de rios o fez saturar daquele estilo de vida, forçando o ex-educador a sair em busca de si mesmo.

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Hoje, Brenno se encontra em completo contato com a natureza, imerso a um novo estilo de vida, mais livre e mais leve, sem as amarras impostas pelo modelo contemporâneo de sociedade. Como forma de sustento e para manter alguma renda, ele recebe turistas em sua residência na reserva onde vive hoje, oferecendo uma experiência existencial a todos que o visitam.

 

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Todas as pessoas que decidem conhecer melhor sobre os povos originários do Brasil, chegam até nosso território acreditando que irão ver um grande espetáculo circense. Chegam sedentas para comprovarem o que viram em filmes ou em livros descontextualizados do presente. Uma das surpresas mais comuns é a decepção das pessoas ao verem que não mais moramos em construções feitas de palha, as "Ocas". Um dos projetos do governo para erradicar completamente a existência dos povos indígenas era a descaracterização de seus territórios, cedendo recursos para construções de casas de alvenaria. Na tentativa de afastar gradativamente os filhos da terra de seu entendimento como filho da natureza. O que mudou a organização social das populações indígenas de certa forma. Hoje construímos as ocas para realizações de rituais, reuniões e cerimônias. Mas, não mais para moradia. Então, antes de apontarem o dedo para um indígena tentando deslegitimar sua indianidade por não compor na íntegra o pouco que vc sabe sobre essas histórias, observe, e escute o que nós temos para dizer!

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“ Eu recebo dentro da minha casa as pessoas que queiram viver comigo a minha realidade. Conduzo elas por dentro da reserva, mostro um pouco da culinária, um pouco da cultura, um pouco da espiritualidade, as paisagens que são deslumbrantes”.

Sobre a sua sexualidade, Brenno afirma que na comunidade onde vive ser homossexual não é problema, e todos se respeitam. “Isso não é um tabu aqui não. O cristianismo de fato foi que trouxe isso e demonizou essa liberdade de se apaixonar pela alma da pessoa, apresentando os gêneros, dividindo as pessoas, mas aqui ainda é muito preservado essa questão do respeito, as pessoas vivem tranquilamente aqui. Não tem problema nenhum”, finaliza.

 

Para ver a edição da ViaG em que Brenno Xavier foi capa, clique aqui

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Escrito por redacao