O carnaval de rua de São Paulo superou o da capital baiana e já é o maior do mundo, de acordo com dados do Observatório de Turismo e Eventos da SPTuris (OTE). Em 2024, a cidade se prepara para receber um número de foliões superior ao ano passado, que reuniu 15 milhões de pessoas e promover uma festa segura para todas as pessoas , o evento contará com 11 tendas de acolhimento para vítimas de assédio sexual, LGBTQIAPN+fobia e racismo. A iniciativa é da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de SP (SMDHC) e faz parte da campanha “Protocolo Não Se Cale”.
Uma pesquisa realizada em todo o país pelo instituto Ibope Inteligência em 2020 constatou que 48% das mulheres já sofreram algum tipo de assédio durante as festividades carnavalescas. Head de diversidade, equidade e inclusão, e psicóloga na Condurú Consultoria, Jenifer Zveiter, destaca que sozinhas, as iniciativas institucionais não bastam, uma vez que o combate ao assédio deve ser responsabilidade de toda a população. “Carnaval é tempo de alegria e descontração e assim deve ser, acima de tudo, com respeito à integridade e à vontade da outra pessoa , promovendo um ambiente inclusivo e seguro. A diversidade é a essência dessa festa, e tolerar o assédio compromete a celebração”, afirma.
Os blocos também contarão com avisos sonoros com orientações e mensagens que reforçam o respeito às mulheres e à diversidade. Além disso, o projeto disponibilizará equipes de apoio, identificadas com camiseta rosa-choque, que andarão entre os blocos orientando os foliões sobre como proceder em caso de assédio, violência, discriminação e/ou importunação.
Onde ficarão as tendas de acolhimento?
As tendas estarão no Obelisco e na Rua Laguna, na zona Sul, e no Shopping Light, no Centro.
Na Zona Oeste os pontos são na Av. Henrique Schaumann, Av. Faria Lima, Av. Marquês de São Vicente, Rua dos Pinheiros e Av. Paulo VI.
Na Zona Norte, será no Largo da Matriz de Nossa Senhora. E na Zona Leste as tendas estarão na R. Alvinópolis e na Praça Serra de Tape.