Natural de Vinhedo, interior de São Paulo, e com apenas 26 anos, Rodrigo Marim já tem oito anos de carreira e muito trabalho, mas só recentemente o cantor conquistou seu lugar ao sol e vem fazendo muito sucesso nos palcos de todo o Brasil.
Rodrigo, é considerado a mais nova sensação da música sertaneja. Simpático e conhecido como “O Sequestrador”, o gato falou exclusivamente para a ViaG e nos contou um pouco de sua história e o que pensa sobre seus fãs LGBT.
ViaG: Como a música entrou na sua vida? Conte-nos um pouquinho da sua história.
Rodrigo:Sempre gostei de cantar, desde que aprendi a falar, mas aos 12 anos de idade ganhei um violão de natal dos meus pais e de lá pra cá nunca mais parei mesmo. Nas festas de família fui me soltando aos poucos, até começar a tocar nos bares das cidades da região.
ViaG: Como surgiu essa história de sequestrador?
Rodrigo: Não sei como foi e de onde surgiu essa ideia, no primeiro momento tive medo, mas em algumas horas percebi que iria reverter isso para o lado bom, pois todos estavam repostando e querendo que acontecesse o sequestro. Aí aproveitamos o gancho pra lançar a música “O sequestrador.”
ViaG: Você é um rapaz inegavelmente bonito, você acha que a beleza ajuda ou atrapalha?
Rodrigo: Muito obrigado. Com certeza ajuda sim. No meu caso foi o que fez acontecer todo barulho que hoje ajuda no meu lado musical.
ViaG: O Brasil é um País muito machista e cheio de estereótipos, essa característica se agrava no universo sertanejo. Se a pessoa é muito bonita a chamam de gay, se gosta de se arrumar é gay, se gosta de arte é gay. Você já sofreu algum tipo de bullying sobre sua sexualidade? Quando? Como você se sentiu?
Rodrigo: Várias vezes, acontece muito nas redes sociais ou na hora do show mesmo, alguém querendo “aparecer” ou me provocar, querendo julgar sem ao menos me conhecer, e sinceramente isso não me atinge. Eu sou hétero e sei do que gosto, portanto esse tipo de provocação não me ofende em nada, mesmo porque, não é sexualidade que define o caráter de alguém.
ViaG: Você deve ter consciência de que tem um enorme público homossexual, como você se sente a respeito disso?
Rodrigo: Eu fico muito grato e feliz por ter agradado esse público também, sempre respondo as declarações de carinho e respeito nos comentários e tal. Fã é algo precioso demais pra mim não importa o sexo, idade ou cor. Sempre vou retribuir e procurar levar alegria.
ViaG: Há pouco tempo o vocalista da banda Raimundos parou um show para defender um casal gay que estava sendo hostilizado pela plateia. Como você se comportaria nesse caso?
Rodrigo: Nunca aconteceu algo desse tipo no meu show, mas já aconteceu de sair brigas e algumas confusões como em qualquer outro lugar onde tem muita bebida e pessoas envolvidas. Eu não dou ibope nenhum pra confusões em geral. Sempre cantei e me apresentei com a intenção de levar a felicidade e isso é o oposto da minha proposta. No caso de um casal ser ofendido, eu assim que tivesse a oportunidade, terminando uma canção e diria que ninguém tem nada a ver com a vida de ninguém. Não somos todos iguais, e devemos respeitar a diversidade do mundo, afinal é essa a graça da vida.
ViaG: A música sertaneja se modificou muito nesses últimos anos. Qual estilo você se encaixa mais?
Rodrigo: Eu costumo dizer que meu estilo é “sertanejo romântico safado”, pois tenho canções de amor e outras mais apimentadas também. Tudo na hora certa.
ViaG: Você também compõe, qual sua fonte de inspiração?
Rodrigo: Eu componho pouco, na verdade fiz menos de 10 composições até hoje nos meus 8 anos de carreira, todas foram feitas relacionadas a momentos que eu estava passando na minha vida.
ViaG: Deixe um recado para seus fãs, leitores da ViaG.
Rodrigo: Ola meus fãs queridos leitores aqui da ViaG, muito obrigado pelo carinho comigo, espero poder retribuir sempre doando o melhor de mim. Um grande beijo no coração e espero vocês no meu próximo show.
Pingue-pongue:
Uma viagem inesquecível: Bariloche
Uma paixão: Animais
Uma coisa que você odeia: Fofoca
Sua música favorita: The sound of silence – Simon & Garfunkel
Um filme para assistir a dois: Um amor pra recordar
Um exemplo de vida: Meu avô – Homem honesto, caridoso e dedicado a família.
Agora pare de babar…..