O tempo cinzento não afastou o colorido do público que curtiu a 22ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que aconteceu neste domingo (3). Com o tema “Poder para LGBTI+, Nosso Voto, Nossa Voz”, a drag queen Tchaka anunciou a abertura do evento por volta das 13h em frente ao Masp. Mônica Benício, a viúva da vereadora do PSOL Marielle Franco assassinada em março em 2018, fez um discurso emocionado logo no início do desfile.
“Embora tenha cara de festa, isso aqui é um ato político e de resistência, o Brasil é um dos países que mais mata a sua população LGBT e a gente não pode assumir isso, que continue dessa maneira”, disse Mônica.
Pabllo Vittar e Anitta eram os trios mais aguardados dentre os 18 que desfilaram pelo coração de São Paulo. Pabllo subiu ao palco logo após a abertura, mas parou o show pelo menos duas vezes por causa de brigas na multidão.
“Para o som. Que briga é essa aqui, gente? Quer brigar vai pra casa, não vem pra Parada não meu bem. É por isso que a gente tá do jeito que tá, fica brigando no meio da festa dos outros”, disse ela, que só voltou a cantar após o fim da confusão.
Outras queridinhas do público como Glória Groove e Aretuza Lovi também se apresentaram. “Estou muito feliz de estar aqui hoje representando toda a minha comunidade e estou muito feliz de estar aqui hoje”, disse Glória.
Anitta, que estava em uma premiação da MTV mexicana, desceu pronta do avião e foi direto para a Avenida Paulista onde começou o show às 15h. No Instagram, a cantora contou que nem sua equipe acreditava que ela conseguiria chegar a tempo. “Me arrumei no voo, nem tomei banho e fomos super pontuais. Viu amor, deu tudo certo, não falei que dava”, disse ela ao lado do marido.
De acordo com a organização do evento, cerca de 3 milhões de pessoas passaram pela região da Paulista e Consolação na tarde e início da noite de domingo.