A startup Nohs Somos, nascida em Florianópolis e voltada ao empreendedorismo de impacto social, começa a mapear, na capital catarinense, lugares que sejam amigáveis e seguros ao público LGBTI+, além de registrar denúncias de LGBTIfobia ocorridas na cidade.
O mapeamento será feito a partir de avaliações online dos próprios usuários que frequentam os espaços, sejam públicos ou privados. O intuito é criar uma rede segura, que será formada, inicialmente, por 20 embaixadores – todos moradores de Santa Catarina.
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Os embaixadores são pessoas atualmente envolvidas com o movimento LGBTI+, através de ONGs, políticas públicas ou iniciativas privadas. Este grupo representa a diversidade em suas diferentes formas: gênero, orientação sexual, raça e pessoas com deficiência.
“Precisamos dar voz a cada indivíduo e encorajar que se posicionem. Queremos cocriar uma comunidade que pensa e age para mudar o mundo”, defende Hottmar Loch, diretor geral da startup. “É importante ter em mente que alguns crimes de ódio começam como incidentes menores, que podem se transformar em ataques mais sérios e frequentes – por isso é sempre melhor agir cedo. Quando você denuncia um crime de ódio, você se torna parte do movimento para combatê-lo. Não importa quão pequeno ou trivial você pense que o incidente possa ser, é importante para toda a comunidade que ele seja reconhecido e relatado.”
Como funciona
Cada embaixador receberá um determinado número de convites para dar continuidade à rede. Para mantê-la segura, os usuários deverão se cadastrar com o CPF.
O site, que permitirá as avaliações e denúncias, será lançado no dia 26 de outubro, em um evento gratuito e aberto à comunidade, das 13:00 às 19:00, que tem a temática “Livre para ser e amar”.
O evento acontecerá na Escola de Movimento e Expressão Mutama, com apresentações e exposições artísticas.
Essa ação marca o lançamento da plataforma Nohs Somos. Neste primeiro momento, o uso se dará na web, e, a partir de 2020, também por meio de aplicativo, que trará novas funcionalidades, como o botão do pânico e agenda cultural.
A startup foi idealizada por cinco amigos de Florianópolis — os arquitetos Bruno Jordão e Hottmar Loch, a designer Nadyne Garcia, o jornalista Felipe Figueira e o desenvolvedor Douglas Gimli.