Em comemoração ao Dia Nacional da Visibilidade Lésbica (29/8), a plataforma de streaming #CulturaEmCasa, lançada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, terá uma série de atividades com foco na comunidade lésbica.
A data lembra o 1º Seminário Nacional de Lésbicas – Senale (hoje Senalesbi), ocorrido em 29 de agosto de 1996, à memória ativista Rosely Roth e da ocupação do Ferro’s Bar, em 1983, em São Paulo. Esse movimento de resistência de mulheres lésbicas originou o Dia do Orgulho Lésbico (19/8) desde 2003.
A curadoria destes eventos sobre a visibilidade lésbica é do Museu da Diversidade Sexual – MDS, instituição vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. A programação virtual contempla diferentes trajetórias de mulheres e perspectivas do movimento em iniciativas de orgulho e visibilidade.
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Serão lives, oficinas, indicações de filmes, posts de difusão, engajamento e interatividade que visam aproximar a temática de diferentes públicos, assim como difundir referências comumente invisibilizadas.
“Acreditamos que programações como essas trazem força especialmente na amplidão da temática com um viés educativo, histórico e de luta além de serem potenciais no combate a preconceitos, difusão de referenciais e no crescente acolhimento das comunidades L e suas vertentes interseccionais”, diz Danielle Nigromonte, diretora-geral da Amigxs da Arte, Organização Social que gere a instituição.
A supervisora do núcleo Educativo do Museu, Ellen Nicolau, complementa: “A programação deste mês foi costurada virtualmente e materializa diferentes processos de escuta e investigação. Este ano, buscamos juntar o brejo e congregar a diversidade das comunidades lésbicas e demandas do momento em que estamos inserides”.
Programação
Dia 19 de agosto, quarta-feira, 21h30
Bate papo com Laís Ramires e Alice Oliveira sobre ativismos intergeracionais (Com videolibras)
Como as formas de ativismo se atualizam através do tempo? Através de um encontro com Alice, ativista dos direitos humanos desde o final da década de 70 e participante da criação do primeiro grupo LGBT do Brasil, SOMOS e com Laís, comunicadora social e artista plástica com produção voltada à diferentes mulheres e suas trajetórias ancestrais, serão compartilhadas histórias e ações cotidianas através de reflexões intergeracionais pautadas nas tecnologias da informação e vivências lésbicas.
Dia 20 de agosto, quinta-feira, 21h30
Bate papo com Marcela Tiboni e Melanie sobre infâncias e maternidade lésbica (Com videolibras)
Duas mães e dois bebês. Através de um bate papo iremos conhecer a história de Marcela e Melanie, que vem caminhando através da maternidade lésbica por questões de difusão acerca da temática das famílias e das infâncias em contextos LGBTQIA+. A conversa caminha da decisão pela maternidade até situações complexas que já passaram e auxilia no reconhecimento da diversidade e semelhança entre famílias assim como ao combate a qualquer tipo de preconceito!
Dia 21 de agosto, sexta-feira, às 17h
Bate papo mediado por Cris Cavaleira com Júlia Oliveira, Cláudia Lahni e Carolina Maia, sobre a História da Imprensa Lésbica no Brasil
Com diferentes focos sobre a imprensa lésbica no Brasil, o bate papo pretende cruzar referências e trazer destaque a publicações lésbicas de cunho ativista no Brasil e na América Latina. Com diferentes trabalhos na temática, as pesquisadoras pretendem ressaltar a importância da produção, salvaguarda, pesquisa e difusão de periódicos e da memória lésbica em si.
Dia 27 de agosto, quinta-feira, às 17h
Oficina – Estampe seu orgulho!
Oficina de lambe e stencil a partir da biografia de mulheres lésbicas com as meninas do @studionostras! (Com videolibras). De culturas marcadamente urbanas, o lambe lambe e o stencil se tornaram importantes marcos da intersecção entre movimentos sociais e artes visuais. Sua circulação está ligada a uma série de propostas poéticas que nesse caso, se ligam a força de mulheres lésbicas em diferentes lutas. Com o passo a passo de sua confecção, o Estúdio Nosotras arrasa e promete colocar todo mundo, ainda que de casa, pra fazer os seus e inspirar novos moldes por aí.
Dia 28 de agosto, sexta-feira, às 17h
Exibição do filme Safo de Perdizes e bate papo Quem foi Cassandra Rios com a diretora Hanna Korick (18h)
O filme, ao retratar a história da escritora Cassandra Rios e a relação da censura de suas publicações durante a Ditadura Militar no Brasil, suscita debates em torno da sexualidade das mulheres e da visibilidade das questões lésbicas na década de 1970. O bate papo com Hanna pretende relacionar esta produção audiovisual a contextos recorrentes no país assim como a situação editorial da publicação de obras escritas por lésbicas em contextos nacionais.
Dia 28 de agosto, sexta-feira, 21h30
Show – Live com Aíla, Festival #CulturaEmCasa.
Dia 29 de agosto, sábado, 21h30
Show – Live com Mahmundi, Festival #CulturaEmCasa.
Dia 30 de agosto, domingo, 21h30
Teatro – Araras, com Amanda Brum e Julia Guerra dirigidas por Daniara Marchesi, Festival #CulturaEmCasa.
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