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Veja as oito melhores adaptações da literatura para o cinema

Por Daniel Bydlowski

A literatura sempre inspirou os leitores a viajarem por diversos mundo e universos, sempre se perguntando como seria visualmente o cenário de suas histórias favoritas. Redescobrir esse mundo literário nas telonas não é nenhuma novidade, já que os livros costumam ser uma fonte de inspiração muito utilizada no cinema. O assunto é controverso, já que existem pessoas que dizem que o livro nunca poderá ser superado pelo filme.

Apesar desse indício ser constatado em diversas superproduções, ainda há filmes que superam as expectativas e cativam um lugarzinho nos corações dos leitores mais apaixonados. E para ajudar as pessoas a se encantarem mais pela sétima arte, o cineasta Daniel Bydlowski, diretor e roteirista de “Bullies”, separou uma lista das melhores adaptações literárias no cinema.

O Silêncio dos Inocentes (1991), Jonathan Demme
O clássico estrelado por Anthony Hopkins e Jodie Foster é um verdadeiro exemplo de sucesso tanto nas livrarias quanto nas bilheterias. Baseado no homônimo de Thomas Harris, publicado em 1988, o filme conta a trama da agente do FBI Clarice Starling que investiga um séries de assassinatos. Para isso, ela decide utilizar a ajuda de Hannibal Lecter, um psiquiatra canibal que está preso.

Apocalypse Now (1979), Francis Ford Coppola
O longa, inspirado na obra escrita por Joseph Conrad em 1902, narra a história do capitão Willard, que faz uma viagem alucinante para encontrar o coronel Kurtz, um oficial promissor que enlouqueceu. Com elenco repleto de estrelas, como Marlon Brando, Martin Sheen e Laurence Fishburne, a adaptação levou prêmios no Palma de Ouro, Oscar, BAFTA e Globo de Ouro.

O Iluminado (1980), Stanley Kubrick
E por falar em sucesso nas livrarias, não poderia ficar de fora Stephen King. Reconhecido como um dos melhores do gênero de horror, o autor também é um dos que possuem mais obras adaptadas para o cinema. E para as telonas ninguém melhor do que Stanley Kubrick para dar vida à Jack Torrance, um escritor que tem bloqueio criativo e que acaba de ser contratado para ser caseiro de inverno do Hotel Overlook. Ao descobrir os segredos do lugar, o homem se transforma em um maníaco homicida.

O Senhor dos Anéis (2001-2003), Peter Jackson
Para muitos a melhor adaptação feita na história do cinema. Ao transformar em filme a série de obras de J.R.R Tolkien, entre 1954 e 1955, Peter Jackson consegue narrar com maestria a trajetória do pequenino Frodo Bolseiro, um hobbit que recebe de seu tio o anel forjado por Sauron, o Senhor das Trevas. Para destruir o anel e impedi-lo que caia em mãos erradas, Frodo tem uma difícil jornada até à Montanha da Perdição. A trilogia foi rodada de forma simultânea e estreou nas telonas entre 2001 e 2003. A adaptação é a mais premiada na história do Oscar, com 17 prêmios e 30 indicações.

Clube da Luta (1999), David Fincher
A primeira regra do Clube da Luta é não falar sobre o clube da luta. Mas o narrador que me perdoe, é preciso citar esse filme na lista. A obra de Chuck Palahniuk foi estrelada por Edward Norton, Brad Pitt e Helena Bonham Carter em 1999. Aclamado pelo público e pela crítica, o longa segue a vida do narrador até encontrar um estranho vencedor chamado Tyler Durden, a dupla forma um clube restrito onde homens lutam de forma brutal.

Psicose (1960), Alfred Hitchcock
O Mestre do Suspense dirigiu em 1960 o filme baseado no romance de Robert Bloch que se inspirou vagamente nos crimes de Ed Gein – serial killer condenado pelo homicídio de duas pessoas e suspeito no desaparecimento de outras cinco, em Wisconsin (1906). Nas telonas, Hitchcock apresenta a secretaria Marion Crane, que após roubar 40 mil dólares foge durante uma tempestade e passa a noite no hotel de Norman Bates. A estadia que parecia pacata, se transformou em uma das mais icônicas cenas da história do cinema, com a secretária sendo esfaqueada no chuveiro – acrescentando a famosa trilha sonora de Bernard Herrmann.

O Poderoso Chefão (1972), Francis Ford Coppola
O filme é mais aclamado de Coppola, que adaptou em 1972 o romance homônimo escrito por Mario Puzo. A produção é centrada na história de uma mafiosa família italiana, comandada pelo patriarca Don Vito Corleone (Marlon Brando) que pretende estabelecer sua supremacia na América depois da Segunda Guerra. Após sofrer uma tentativa de assassinato, o debilitado Don Vito força os filhos Michael Corleone (Al Pacino) e Santino “Sonny” Corleone (James Caan) a comandar os negócios da família.

A Lista de Schindler (1993), Steven Spielberg
E para encerar a lista, não poderia deixar de fora o aclamado Steven Spielberg, diretor que mais tem produções na lista dos 100 Melhores Filmes de Todos os Tempos, da American Film Institute. Inspirado no livro de Thomas Keneallu, publicado em 1982, o longa é um dos mais impressionantes sobre o holocausto. O retrato da história verídica vivida pelo alemão Oskar Schindler – que utilizou sua fábrica para ajudar os judeus a escaparem dos campos de concentração, rendeu ao filme de Steven sete estatuetas do Oscar, dentre elas a de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado.  

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Daniel Bydlowski

Daniel Bydlowski. O cineasta brasileiro Daniel Bydlowski é membro do Directors Guild of America e artista de realidade virtual. Faz parte do júri de festivais internacionais de cinema e pesquisa temas relacionados às novas tecnologias de mídia, como a realidade virtual e o future do cinema. Daniel também tenta conscientizar as pessoas com questões sociais ligadas à saúde, educação e bullying nas escolas. É mestre pela University of Southern California (USC), considerada a melhor faculdade de cinema dos Estados Unidos. Atualmente, cursa doutorado na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos.

Recentemente, seu filme Bullies foi premiado em New Port Beach como melhor curta infantil, no Comic Con recebeu 2 prêmios: melhor filme fantasia e prêmio especial do júri. O Ticket for Success, também do cineasta, foi selecionado no Animamundi e ganhou de melhor curta internacional pelo Moondance International Film Festival.

anacarolina

Escrito por anacarolina

Diretora e editora da Revista ViaG