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Novas infecções pelo HIV cresce entre jovens gays em São Paulo

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde, realizado por meio de seu Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids (CRT/DST-Aids) mostra que, embora a mortalidade por Aids esteja diminuindo no Estado, a detecção das novas infecções pelo HIV cresceu exponencialmente entre jovens gays em SP.

A taxa de mortalidade pela doença em 2015 foi de 6 por 100 mil habitantes, 23,5% a menos do que em 2006 e 73,8% inferior à registrada desde 1995. No ano passado morreram 2.573 pessoas com Aids em todo o Estado, o que representa uma média de sete óbitos por dia.

Já a detecção de novas infecção pelo HIV entre homens que fazem sexo com homens apresentou aumento de 121% desde 2010, passando de 1.686 casos para 3.728 em 2015. No mesmo período a detecção entre homens heterossexuais também cresceu, mas em uma proporção bem menor: 28%.

As taxas de detecção do HIV na população como um todo cresceram 4,2 vezes entre 2000 e 2015, passando de 4,2 para 17,6 casos por 100 mil habitantes no período. Mas entre os homens o crescimento no período foi muito maior: 6,5 vezes, contra 1,8 no caso das mulheres.

Em relação à idade, as maiores taxas de detecção do vírus em homens concentram-se entre jovens de 20 a 24 anos. Nessa faixa etária o índice de detecção subiu de 30,8 para 79,4 casos por 100 mil habitantes no período de 2010 a 2015.

Entre os homens de 25 a 29 anos a taxa de detecção passou de 35,9 para 70,5 no mesmo período. Mesmo entre os jovens do sexo masculino de 15 a 19 anos há uma tendência crescente de detecção do HIV. A taxa para essa faixa etária cresceu de 7,4 para 20,6 casos entre 2010 e 2015.

Desde 1980 o Estado de São Paulo registrou 251.133 casos de Aids. A razão de sexo (homem/mulher), que apresentava declínio, desde 2008 vem crescendo, de 1,7 caso por 1 para 2,8 por 1 em 2015.

Da Redação

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