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Maior Parada do Orgulho do mundo coloca o Brasil em destaque na rota do turismo LGBT+

Novo episódio do mini doc ‘Turismo Transforma’ mostra como o evento acolhe as diferenças, atrai viajantes do mundo todo e fortalece a economia brasileira.

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O turismo LGBTQIAP+ registra crescimento ano a ano e se fortalece como um dos segmentos mais importantes do turismo internacional. No Brasil, a principal porta de entrada é a Parada do Orgulho, que acontece em São Paulo (SP) no mês de junho. No segundo episódio da série documental “Turismo Transforma”, a equipe da Embratur foi até a edição de 2023 para mostrar como o evento promove a tolerância e turbina a economia do país. Assista aqui.

“Tudo que é diversidade e inclusão eleva PIB. A partir do momento que um país torna a luta contra a desigualdade uma prioridade, a gente sabe que o impacto social é muito positivo. A movimentação que eventos como esse gera em todo o trade do turismo significa muito emprego e renda para milhares de trabalhadores”, disse Tania Neres, coordenadora de Afroturismo, Diversidade e Povos Indígenas da Embratur. Tania Neres destaca ainda que o turismo LGBT+ constrói uma sociedade mais tolerante e empática. “A valorização da diversidade é capaz de promover mudanças sociais e culturais”.

Desenvolvimento
As entidades que representam o turismo LGBT no Brasil e no mundo firmaram recentemente parceria com a Embratur com o objetivo de qualificação dos destinos brasileiros para receber este perfil de turista, bem como promover internacionalmente os destinos brasileiros que são consolidados neste segmento. “Nós temos muitas possibilidades. A gente tem agora com a Embratur a parceria que a gente tá fazendo de pensar em guias capacitados para atender nosso público”, disse Clóvis Casemiro, gerente na International LGBTQIAP+ Travel Association. “As pessoas estão entendendo o turismo LGBT+ como um negócio”, afirmou.

Para Ricardo Gomes, presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT, o turismo LBGT+ é considerado um dos mais rentáveis por conta das suas diversas possibilidades e vertentes. “Quando a gente fala de turismo LGBT, como o cruzeiro, a balada, a Parada do Orgulho, a gente também fala do turismo de negócios, do turismo contemplativo, do cultural, do gastronômico, do turismo de aventura, de luxo, e até do turismo religioso. A comunidade valoriza mais o valor agregado para o produto e do serviço”, afirmou Gomes.

O Brasil é um dos países que mais recebe turistas LGBTs no mundo, de acordo com levantamento do Gay Travel Index 2023. “Falando em turismo, a gente recebe gente o ano todo, porque se torna uma referência de lugar”, disse Raquel Braga, sócia-proprietária do bar Das, que possui temática LGBT+ em São Paulo (SP).

A indústria de viagens também vem apostando na diversidade com a contratação de pessoas LGBT+, segundo Maite Schneider, cofundadora da TransEmpregos. “Recentemente, começou um movimento de algumas redes hoteleiras de contratação de pessoas trans. Por isso, eu acredito muito nessa mudança do micro para a gente também conseguir chegar no resultado macro que a gente deseja”, disse Maite.

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Escrito por Cleber França

Editor chefe Revista ViaG