Três empresas nacionais começaram a sair do armário e firmaram um compromisso com o compromisso com o Fórum de Empresas e Direitos LGBT: a gigante das bebidas Ambev, a petroquímica Braskem e o escritório de advocacia Trench, Rossi e Watanabe.
Segundo o secretário executivo do Fórum, Reinaldo Bulgarelli, afirma que as três adesões concomitantes são um marco – uma vez que a entidade vem debatendo a questão da diversidade com empresas brasileiras há mais de três anos.
Apesar de várias multinacionais com atuação local terem aderido à carta de compromissos da entidade de forma imediata, como Google, Dow, GE, Avon, Facebook e 3M, as dificuldades para as nacionais aderirem se estendia. Mas, no início deste ano, a Ambev criou um grupo que debate o assunto dentro da empresa e que hoje já tem dezenas de membros.
O vice-presidente de gente e gestão da Ambev, Fabio Kapitanovas, diz que, a partir da abertura do grupo, ficou claro que o público LGBT era relevante, em números, dentro da companhia.
Na Ambev, parceiros do mesmo sexo já tinham direito, há alguns anos, aos mesmos benefícios de casais heterossexuais, mas o assunto não era tratado diretamente no momento da contração.
O funcionário gay tinha de perguntar para obter a informação. Agora, diz Kapitanovas, o material de introdução à companhia já deixa tudo evidente desde o princípio – e por escrito.
“Falar abertamente sobre o assunto tira um peso das costas das pessoas”, diz Bruno Rigonatti, que trabalha na área de inteligência de mercado da Ambev e faz parte do grupo LGBT da companhia.
Tirar a questão da orientação sexual do armário, no entanto, pode fazer uma empresa ganhar dinheiro. Estudo da organização Out Now mostra que, entre os profissionais gays nos Estados Unidos, 70% dos que revelam sua opção sexual aos colegas se consideram produtivos; o índice cai para 37% entre os que fazem segredo sobre a vida pessoal.
A sócia do Trench, Rossi e Watanabe, Anna Melo, diz que uma política séria de diversidade pode ajudar não só na produtividade interna, mas também a atrair negócios – em especial na disputa de contratos internacionais.
“Participamos de uma concorrência com outros escritórios e acabamos ganhando o trabalho”, conta a advogada. “Depois, descobrimos que, do ponto de vista técnico, outros escritórios tiveram avaliações semelhantes. O que pesou a favor foi a questão da diversidade.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A informações são do site Exame