Ajudar profissionais no turismo a atender e desenvolver produtos que se encaixem nas demandas do segmento de maneira profissional. Esse é o principal objetivo do Fórum de Turismo LGBT, nas palavras de Alex Bernardes, diretor-comercial da revista ViaG, publicação que idealizou e organizou o evento, em parceria com a Associação Brasileira de Turismo LGBT (ABTLGBT).
Na abertura, Amanda Leonel, CEO da Editora Via apresentou dados que reforçam a relevância desse mercado que, em nível mundial, têm renda estimada em US$ 3 trilhões. “O público LGBT viaja pelo menos quatro vezes mais e têm gasto 30% superior na comparação com turistas heterossexuais. Também são mais exigentes em relação a produtos e serviços e costumam viajar fora de temporada”, revelou Amanda. Em média, 45% dos viajantes desse nicho vão para o exterior anualmente – contra uma média de 9% registrada entre os heterossexuais.
A executiva desmistificou as principais dúvidas em relação a esse mercado – inclusive com a diferenciação de termos como homossexualidade e homossexualismo, orientação e opção sexual. Ressaltou que 15% do público LGBT realiza cruzeiros, participam de festas, realizam visitas culturais e que o público movimenta cerca de 3 trilhões no mundo. “Uma pergunta comum é: o que vender ao turista LGBT? A resposta é simples: tudo”, disse.
Para Marcelo Michieletto, presidente da ABTLGBT, o trade precisa se unir e fazer ações conjuntas, uma vez que o Brasil é visto no mercado internacional como pronto para receber o público LGBT. “O evento abre as nossas caixinhas para as novidades”, complementou Clovis Casemiro, coordenador para o Brasil da International Gay and Lesbian Travel Association (IGLTA). A pesquisa aponta ainda que o crescimento do nicho chega a 11% ao ano, enquanto a indústria convencional não ultrapassa os 3,5%.
Clovis Casemiro, coordenador de conteúdo do Fórum e representante da IGLTA no Brasil, se mostrou realizado após o evento. “É muito emocionante ver tantas empresas reunidas em prol da diversidade e falando abertamente sobre o tema, trazendo exemplos e cases de sucesso para que os agentes e tour operadores brasileiros possam descobrir cada vez mais o Turismo LGBT, que tem tanto potencial e ainda é tão pouco explorado por aqui”, afirma. Casemiro lembrou também que o Brasil é o segundo maior mercado “fora do armário” do mundo, após os Estados Unidos, e o segundo país com maior número de empresas afiliadas à IGLTA, razão pela qual ele aponta que este foi o primeiro fórum LGBT totalmente financiado pela iniciativa privada no País.
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