Por Jorge Carvalho
O projeto Longeviver LGBT+, realizado pelo Diverso UFMG – Núcleo Jurídico de Diversidade Sexual e de Gênero, da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), visa traçar um diagnóstico do envelhecimento desta parcela da população na cidade.
Com incentivo da prefeitura de Belo Horizonte (MG), por meio da Diretoria de Políticas para a População LGBT, o projeto foi construído ao longo dos últimos anos por meio de um diálogo entre o Programa de Extensão Diverso UFMG, da Faculdade de Direito dessa mesma instituição de ensino superior, e a Diretoria de Políticas para a População LGBT+ da Prefeitura de Belo Horizonte. Em 2021, a iniciativa se oficializou.
A parceria busca construir instrumentos que subsidiem o poder público com informações a respeito de questões específicas sobre o processo de envelhecimento da população LGBT+ no município de Belo Horizonte e a percepção de pessoas idosas do segmento sobre o acesso e a qualidade dos serviços públicos.
A importância do projeto é redobrada, considerando o duplo processo de estigmatização e invisibilização dessa população, bem como o fato de que não há dados ou estudos voltados especificamente a esse público na capital mineira.
Como aponta o coordenador-geral da pesquisa, professor Pedro Nicoli, as pessoas LGBT+ idosas “sofrem preconceito por serem idosas, mesmo entre as pessoas LGBT+, e por serem LGBT+ diante de pessoas que não são, além das estruturas e instituições. Por isso, acabam particularmente sujeitas ao isolamento social, ao sofrimento físico e mental que decorre do fato de serem quem são, com a idade que têm”.
A primeira fase da pesquisa promovida pelo projeto é composta por questionário on-line dirigido a pessoas idosas LGBT+, que moram em Belo Horizonte. Na sequência, os interessados são convidados a participar de uma entrevista de aprofundamento. Mais informações e contato nas redes e site do Diverso UFMG: http://www.diversoufmg.com/
(Fonte: UFMG)