Viagem de avião requer documentação específica exigida pelas companhias aéreas
Com o final do ano é comum colocar em prática a viagem da tão esperada férias. Para quem vai levar o animal de estimação é preciso planejamento, principalmente, quando se trata de embarcar num avião. O primeiro passo é se certificar de que a companhia aérea aceita o bichinho no voo e conferir as regras de cada uma das empresas. A lista de documentação varia de companhia para companhia e conforme, também, a escala do voo.
Em caso de voos nacionais, as empresas exigem um atestado sanitário, prescrito por médico veterinário inscrito no Conselho Regional de Medicina Veterinária, e o Certificado de Vacinação Antirrábica. “A vacina precisa ter sido aplicada, pelo menos, 30 dias antes da viagem e em animais com mais de quatro meses de idade”, afirma Andressa Felisbino, médica veterinária da Drogavet – empresa pioneira no ramo e a maior rede de farmácias de manipulação veterinária do Brasil.
Já para viagens internacionais é exigido o Certificado Zoosanitário Internacional (CZI), emitido pelo Ministério da Agricultura, nos aeroportos internacionais. “Nesse caso, o dono deve agendar, por telefone ou pessoalmente, uma consulta com o veterinário dos próprios aeroportos internacionais”, informa Andressa, ressaltando que todos os documentos devem estar dentro da validade. “Para solicitar a emissão do CZI (Certificado Zoosanitário Internacional) é necessário o atestado de saúde assinado por um médico veterinário. Esse precisa ser obtido três dias antes da emissão do CZI”, detalha a profissional.
Normalmente o CZI tem validade de dez dias, mas este prazo pode variar de acordo com o país destino. Por isso, o dono deve pedir o modelo do certificado acordado entre o Brasil e o país onde está indo, e caso não haja, deverá apresentar os requisitos sanitários do país de destino à Vigilância Agropecuária Internacional. Assim, o Departamento de Saúde Animal (DSA) pode verificar a possibilidade de atestar as exigências sanitárias do país que receberá o pet e fará um modelo de CZI específico.
Infelizmente não são todos os tipos de animais que podem ser levados no voo. Certas empresas aéreas permitem apenas cães e gatos, por isso, antes de providenciar a documentação, o dono deve se certificar se o seu animal de estimação está na relação autorizada pela companhia. Além disso, algumas raças braquicefálicas (de focinho curto) também possuem restrições para serem transportadas pelas companhias aéreas. Os animais branquicefálicos tem dificuldade em manter sua temperatura corporal, especialmente em decorrência de uma respiração mais restrita, por isso necessitam de caixas maiores para melhorar a circulação de ar.
Também é primordial escolher a caixa de transporte mais adequada para cada espécie e raça. “Essa embalagem deve ser de um material resistente e ter uma dimensão e estrutura adequadas ao tamanho do animal”, esclarece a veterinária da DrogaVET. Existe uma diversidade de exigências referente a equipagem, dimensão e peso dessas caixas e, na maioria dos casos, as empresas exigem que sejam seguidas as determinações de padrão internacional indicadas pela Associação Internacional de Transporte Aéreo – IATA.
O pet pode ir ao lado do dono?
Essa é a principal dúvida de quem quer levar o bichinho no voo. Andressa explica que, normalmente, é levado em consideração a raça e o peso. No geral, os animais de até sete quilos podem ir ao lado do dono, mas sempre com a caixa de transporte, já os maiores vão separados. Se o animal estiver viajando com o proprietário na cabine, deverá ser colocado abaixo do assento e permanecer dentro da caixa durante toda a viagem.
Grande parte das empresas aéreas leva os animais no mesmo compartimento das malas. Neste caso são cobradas taxas adicionais se o peso deles exceder o limite estipulado pela companhia. Já algumas empresas fornecem uma área reservada para animais de estimação. “É necessário entrar em contato para confirmar a disponibilidade dessa área para o voo escolhido, já que há um limite de animais. É recomendável primeiro reservar o lugar de seu bichinho e, logo em seguida, comprar a passagem de toda a família”, finaliza a médica veterinária.
Fonte: Andressa Felisbino, médica veterinária da Drogavet, rede de farmácias de manipulação em todo Brasil