Na tarde desta quarta-feira, 16 de setembro, cerca de 32 deputados, membros do Parlamento Europeu se vestiram com as cores do arco-íres em protesto de apoio a comunidade LGBTI+ da Polônia.
O país, considerado um dos mais conservadores e atrasados da Europa, tem intensificado seus esforços em perseguir membros da comunidade LGBTI+ desde que o atual presidente Andrzej Duda foi reeleito em Junho deste ano. Durante sua campanha ele chegou a dizer que o movimento LGBTI+ de uma “ideologia” mais perigosa do que o comunismo.
Em junho, mais de 100 cidades da Polônia se declararam oficialmente zonas livres de LGBTI+. O fato revoltou alguns países da Comunidade Europeia que chegaram a interromper seus negócios com as cidades em questão.
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Nesta segunda, 14 de setembro, o governo conservador da Polônia foi criticado no Parlamento Europeu, onde alguns legisladores pediram que ele perdesse o financiamento da União Europeia devido ao seu histórico de império da lei e à estigmatização das pessoas LGBTI+.
O parlamento estava discutindo um novo relatório sobre direitos fundamentais na Polônia, preparado por Juan Fernando Lopez Aguilar, um legislador espanhol que chefia o Comitê de Liberdades Civis, Justiça e Assuntos Internos.
Aguilar disse aos legisladores que a Polônia parece estar se distanciando dos valores fundamentais europeus e chamou a situação de “extremamente preocupante”. O relatório será votado na quinta-feira, 17 de setembro. A Polônia tem sido repetidamente examinada no parlamento da União Europeia desde que o conservadorismo nacionalista Lei e Justiça assumiu o poder em 2015.
Nos últimos meses, os direitos LGBTI+ têm sido um novo foco, pois os políticos poloneses vêm retratando o movimento por maiores direitos para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros como uma perigosa “ideologia” que ameaça a identidade tradicional da nação amplamente católica.