A Coca-Cola Company vai interromper globalmente toda a publicidade digital em plataformas de mídia sociais por pelo menos 30 dias a partir de 1º de julho. O anúncio foi feito pela gigante do refrigerante na noite da última sexta-feira, 26 de junho.
A ação faz parte de um boicote mais amplo ao Facebook e Instagram, organizado pela Liga Anti-Difamação dos Estados Unidos, a NAACP e outras organizações chamadas de campanha “Stop Hate For Profit” ou “parem o ódio por lucro”, em livre tradução. Mas a empresa não parou aí. O comunicado feito sugere que boicote chegaria ao Twitter, YouTube e outras plataformas também.
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A campanha Stop Hate For Profit foi lançada na semana passada, começando com marcas populares de esportes e estilo de vida ao ar livre, como The North Face e Patagonia. O argumento da campanha é de que as mídias sociais como Facebook, Instagram e Twitter não se esforçam o suficiente para barrar a propagação de conteúdo de ódio como xenofobia, LGBTfobia e racismo.
No comunicado feito pelo CEO da Coca-Cola, James Quincey, publicado no site da marca, o executivo informou: “Tomaremos esse tempo para reavaliar nossos padrões e políticas de publicidade para determinar se são necessárias revisões internamente e o que mais devemos esperar de nossos parceiros de mídia social para livrar as plataformas de ódio, violência e conteúdo inapropriado. Avisaremos que esperamos maior responsabilidade, ação e transparência deles. ”
Também na sexta-feira, 26 de junho, a Unilever ingressou na campanha e junto com a Coca-Cola, as duas se tornaram as maiores empresas participantes do boicote. Antes delas, com pouco mais de uma semana de seu lançamento, a campanha já havia conseguido a adesão das empresas Ben & Jerry’s, da distribuidora de filmes Magnolia Picturesn e de mais 100 outras médias empresas.
Rapidamente, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou uma série de mudanças políticas que, embora não explicitamente respondessem ao boicote, parecem projetadas para tentar suavizar muitas das críticas que a empresa tem enfrentado ultimamente por sua falta de moderação de ameaças violentas, discursos de ódio e informações erradas postadas pelo Presidente Donald Trump e outras contas e páginas controversas.
Embora o boicote possa estar criando uma onda de mídia negativa para o Facebook e o Instagram, é improvável que as empresas de Zuckerberg tenham grandes prejuízos financeiros, pois a maioria da receita com publicidade vem de anúncios de pequenas e médias empresas.