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Coronavírus: essas são as recomendações que você precisa saber antes de viajar 

Coronavirus
Foto: Toa Heftiba/Unsplash

Como se sabe, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a pandemia do novo coronavírus (covid-19) uma situação internacional de emergência em saúde. Ações de prevenção e protocolos estão sendo implantados em todos os países para evitar a sua disseminação, mas não é necessário pânico.

A ViaG conversou com o Dr. Vinicius Borges, Médico Infectologista e Ativista de Direitos Humanos, também conhecido como Doutor Maravilha para te dar informações básicas mas muito úteis para sua segurança e saúde, em casa ou na hora de viajar. “A vida continua e podemos seguir nossa rotina de trabalho e lazer tomando alguns cuidados”, afirma.

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Para começar

Segundo o médico, “é prudente que os viajantes doentes atrasem ou evitem viajar para as áreas afetadas, em particular idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas. Pois geralmente são aqueles em que a infecção apresenta uma maior letalidade. Manter cuidados de higiene pessoal, etiqueta da tosse e manter uma distância de pelo menos um metro de pessoas que apresentam sintomas são medidas particularmente importantes para todos os viajantes”. 

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Foto: Curology/Unsplash

Como a maneira correta de fazer essa higiene?

Realize a higiene das mãos com frequência, principalmente após o contato com secreções respiratórias. “A higiene das mãos inclui a limpeza das mãos com água e sabão ou com álcool gel. As fricções das mãos com solução à base de álcool são preferidas se as mãos não estiverem visivelmente sujas, se for esse o caso, lave-as (na palma, em cima e entre os dedos) com água e sabão. O uso do álcool em gel em seguida é muito bem-vindo, mas ele sozinho não faz milagre”, diz o doutor.

Evite tocar a boca e o nariz, e cuidado ao tocar o rosto ou coçar os olhos também. É preciso se policiar bastante aqui, fazemos isso sem perceber o tempo todo.

Etiqueta da tosse?

Pela palavra “etiqueta” já fica claro que não é pra sair tossindo ou espirrando, jogando secreções respiratórias aos quatro ventos. Além de horrível, agora mais do que nunca, é mais perigoso. Como agir então? Cubra o nariz e a boca com um cotovelo flexionado, nunca nas mãos. O infectologista lembra que “se for usar lenços, prefira sempre os de papel (de pano jamais) ao tossir ou espirrar e descarte-o imediatamente após o uso e realize a higiene das mãos”.

Aqui, é importante ressaltar que não arregalar os olhos para quem tossir ou espirrar perto de você, ou cochichar, ou fazer cara feia, enfim, ter qualquer atitude reprovadora também faz parte de, além da educação, respeito. Qualquer pessoa doente precisa de empatia e não antipatia, lembre-se disso.

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Foto: Free To Use Sounds/Unsplash

E a máscara? Tem que usar ou não?

Depende. “Utilizar máscara cirúrgica  não é necessária se não houver sintomas, pois não há evidências de que o uso de uma máscara – de qualquer tipo – proteja pessoas não doentes. No entanto, em algumas culturas, máscaras podem ser usadas com frequência. Se elas forem usadas, é essencial seguir as práticas recomendadas de como usá-las, removê-las e descartá-las (presentes na embalagem do fabricante). Geralmente possuem vida útil de duas a quatro horas, devendo ser trocadas após este período. Não são necessárias máscaras N95 (tipo respirador) exceto para profissionais de saúde e mesmo assim só em procedimentos específicos”, explica Borges. 

Hora da viagem!

No aeroporto e no avião

Ao se alimentar no aeroporto, opte por estabelecimentos que te entreguem os talheres protegidos, não por aqueles em que ficas dispostos todos juntos.  

Tenha o cuidado de desinfetar as mãos sempre que tocar em balcões, corrimões ou transporte público.

Muita gente imagina que um espirro ou tosse no avião vai ser um pânico, mas não é bem assim, não. O vírus é transmitido por gotículas de saliva, não viaja grandes distâncias pelo ar, principalmente se a etiqueta da tosse for aplicada, e estima-se que fora do corpo ele só viva por meia hora.

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Foto: Walid A/Unsplash

Se quiser usar máscara, lembre-se de trocá-la regularmente, principalmente em voos longos, higienize as mãos regularmente e tenha seu “alquinho” em gel sempre fácil. Vale lembrar que na mala de mão ou na bolsa, não é permitido embalagens com mais de 100 ml, então não adianta querer levar meio litro de álcool em gel na bolsa porque lá mesmo no aeroporto ele fica.  

Se houverem passageiros com sintomas de gripe como tosse ou espirros, segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos – IATA, a tripulação deve estar preparada para lidar com eles sem causar constrangimento.

No destino

“Como em qualquer viagem, os viajantes também são aconselhados a seguir práticas adequadas de higiene alimentar e evitar o consumo de alimentos em mercados de animais vivos”, destaca o Dr. Vinícius. Os cuidados com os talheres seguem firmes para todas as refeições.

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Foto: Artur Kraft/Unsplash

Evite lugares muito aglomerados e naturalmente os destinos que têm apresentado maior risco de contaminação, e também os fechados com pouca ventilação. Os cuidados de higienização após tocar objetos públicos também se aplica aqui.

Na volta

De acordo com o profissional, “os viajantes que retornam das áreas afetadas devem monitorar seus sintomas por 14 dias e seguir os protocolos nacionais dos países receptores. Alguns países podem exigir que os viajantes que retornam entrem em quarentena. Se ocorrerem sintomas, como febre, tosse ou dificuldade em respirar, os viajantes devem entrar em contato com os prestadores de cuidados de saúde locais, de preferência por telefone, e informá-los sobre seus sintomas e seu histórico de viagens”.

Há um site que lista os países que possuem transmissão ativa de coronavírus, classificando-os em categorias. Visite-o aquiNo mais, “informe-se sobre o país para onde deseja viajar, mantenha uma alimentação saudável, hidrate-se e se programe para possíveis intercorrências. Informação e planejamento são os alicerces de uma viagem saudável e prazerosa”, ressalta o médico.

Lembre-se: informação é sempre a melhor prevenção.

Fonte de apoio: OMS

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Escrito por redacao